Os viúvos de um Setembro
A noiva havia casado mais uma vez
Mas dessa vez...
Que marido!
Era terno, doce, a afagava...
Nunca houvera homem para ela como aquele.
Prometera tudo,
Como todo apaixonado,
E trazia flores de vários tons,
Flores de vário tipos,
Todas com um mesmo cheiro.
Que perfume!
Ah! que perfume!
Por que, Deus, todo convívio é imperfeito?
Logo, veio o tempo e a exigência,
Quer-se sempre mais...
E, aquele marido
Talvez não pudesse, talvez não queresse,
Dar mais e mais...
Talvez, quisesse ele mais calma.
Mas vieram as birras
Os bicos
As manhas...
O homem se refugiava em amigos.
Tantos ombros estavam ao seu redor
Que não sabia em qual chorar
Só sabia que todos! estavam lá
Mas veio o tapa
Queimava-lhe o rosto e ardia e ardia e fervia
Buscou abrigo daquela briga em si
E, quando viu de novo a realidade,
Seu amigo deitava com sua noiva...
A fazia dele e acariciava seu sexo
Com metal frio, que ela,
De olhos fechados,
Só veria mais tarde.
E veio a angústia
E veio o medo
O céu era desvirginado
O chão ardia em brasas
A mulher, sentada em casa
As pilastras caiam em Dó grave
O sangue escorria do peito
A mulher, sentada em casa