Friday, February 02, 2007

Take My Hand

Porque, às vezes, nosso despero é tão grande e nossa aflição tão desesperada que achamos uma só resposta...

Que Paz?!

Mas ‘você e eu’ já é tão grande,
Tudo já é tão nosso.
Tanta coisa que eu não fiquei esperando passar...
E por entre os cercados as flores crescem
Sem o mal do tempo,
Sem a clareza do sol
Nem a pressa das pessoas.

E qual o sentido de qualquer palavra
Se não apenas ser melhor quando não dita,
Já que tudo que falas é o que sentes?
Ai, ai...
Ai, meu Pai...
Dai-me a paz...

Na noite serena, brotar frutos de laranjeira.
Quando no nosso olhar, brilhará a prata da semente,
Cheia de vida, cheia de morte.
E tudo passa a ser de verdade,
Sem rimas para suportar qualquer beleza,
Sem descaso para sufocar qualquer insanidade de felicidade.

Liberdade. Sem abrir os olhos
Vi seu sorriso. Como que naquele momento de sofrimento.
Então tira o que pode,
Leva o que me prende,
Ai, ai...
Ai, meu Pai...
Dai-me a paz...

Nem todo tempo é tão curto,
E 'pra sempre' pode existir...
Gosto de romãs, sabor de fruta melada cheia de caldo
Escorrendo pelos dentes, mas nada se perde
Na mesma noite serena que irriga nossos pecados
Ai, ai...
Ai, meu Pai...
Dai-me a paz...

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