Monday, April 11, 2011

Mulheres...

Há uma mulher... Bem, não é uma mulher qualquer, é uma mulher especial. Uma mulher sobre a qual deposito toda a minha esperança.
Faço o meu cotidiano mais agradável, me esforço para falar "agradecido", busco o jeito de certo tomar minhas atitudes, me esforço para ser melhor filho, confidente e amigo, para nunca trair meus pensamentos, ou deixar que meus pensamentos traiam as minhas ações, tudo por ela.
Caminho sempre pensando nela, pensando em como quero fazer as coisas por ela, como quero fazer a coisa certa por ela. Parece até bobeira que me esforce tanto por uma só mulher. Mas como poderia ser diferente?
Até há quem faça diferente, mas não se pode negar que se esse tipo de pessoa for atento, em alguma hora vai se pegar fazendo alguma coisa para ela - ou, pelo menos, num momento de raiva ou tristeza, estará pensando nela.
É estranho nos dedicarmos tanto a uma só mulher. 
Não sei ao certo se é paixão, desconfiança ou apego, no entanto é um "je ne ces't quoi" bem forte que me deixa atordoado, que me deixa paralisado ao pensar que um dia ela vai me deixar, que um dia ela vai sumir de mim. Será que vai?...
Mas, afinal, por que as mulheres fazem isso conosco? 
Sabe, essa mulher tem um jeito todo seu de ser misteriosa, charmosa. Enlouqueço pensando nas suas curvas, pensando em até onde essas curvas podem me levar, mas são os olhos que me fazem, de fato, perder a sanidade. Como será que é o fundo dos olhos dela? Será que eu saberei?
Sua boca me convida algumas noites para dançarmos, me convida a beijos intermináveis... e, como na consequência natural, me faz deitar e então deleitar o prazer que ela me dá.
E, como se nada tivesse acontecido, como se nada eu tivesse feito por ela, como se ela nunca houvesse sido minha amante, ela me abandona. Parece nem se importar com as lágrimas que eu deixo escorrer, fica assistindo minhas aflições e nem mesmo me estende os braços.
Fico pensando o que posso ter feito de errado para ela fazer isso comigo, me esforço para pensar no passado mas vejo só coisas tão pequenas.
Acho que o problema é que eu continuo fazendo tudo por essa mulher, o problema é que eu continuo enxergando a vida como uma mulher. Continuo pensando que a vida é uma pessoa, e, como tal, irá reagir às minhas ações.
No entanto, não importa o que eu faça, a vida não responde a atos. A vida não pode ser culpada por nada, nem pela minha felicidade, muito menos pela solidão, que tanto me incomoda. A vida é só uma palavra, não é uma mulher.
Agora, só me falta acreditar nisso.

4 comments:

Anonymous said...

Bom dia,

Estou lhe enviando um email para o endereço has_901, caso ainda o tenha, apenas responda que recebeu.

Obrigada,

Anna.

Anonymous said...

Oi
Então não sei como cheguei aqui, mas adorei os textos.
Quanto a esse ultimo, preciso também acreditar que a vida não é um homem (no meu caso).
Ah, quando conseguir acreditar nisso, bem que poderia fazer um outro texto e me explica como.
Beijos
(me tornei fã dos teus textos)

Hassan ou Rahhal said...

Que bom que você gostou, pessoa anônima.
Dia após dia, tento me contar de novo essa mensagem, mas é complicado, né? Ainda assim, ninguém pode negar que nossas ações alteram nosso micromundo. Acho que é por isso que ainda acreditamos que a vida é uma pessoa...


Ainda não consegui postar nada novo pois estou em semana de muito trabalho no teatro, mas logo coloco algo (isso vale de mensagem a todos que vêm aqui).

Anonymous said...

Como havia muito tempo que não passava por aqui, resolvi passar hoje, sei que o texto não é tão novo assim, mas vale deixar um comentário.
Caramba, como tenho orgulho de conhecer e ainda mais, conviver, mesmo que pouquinho, com alguém como você.
Parabéns!
Fico feliz em ver sua evolução dos primeiros para o textos mais recentes.
Pode ter certeza que estamos (estou) esperando um novo texto. Talvez inspirador, ou talvez apenas emocionante.
Posso deixar um recadinho? Tente buscar a vida, não uma pessoa especifica, o mundo tem tanta gente!!!
Beijos e saudades.