Thursday, December 11, 2008

Sangue

Os viúvos de um Setembro

A noiva havia casado mais uma vez
Mas dessa vez...
Que marido!
Era terno, doce, a afagava...
Nunca houvera homem para ela como aquele.
Prometera tudo,
Como todo apaixonado,
E trazia flores de vários tons,
Flores de vário tipos,
Todas com um mesmo cheiro.
Que perfume!
Ah! que perfume!

Por que, Deus, todo convívio é imperfeito?

Logo, veio o tempo e a exigência,
Quer-se sempre mais...
E, aquele marido
Talvez não pudesse, talvez não queresse,
Dar mais e mais...
Talvez, quisesse ele mais calma.

Mas vieram as birras
Os bicos
As manhas...

O homem se refugiava em amigos.

Tantos ombros estavam ao seu redor
Que não sabia em qual chorar
Só sabia que todos! estavam lá

Mas veio o tapa

Queimava-lhe o rosto e ardia e ardia e fervia
Buscou abrigo daquela briga em si
E, quando viu de novo a realidade,
Seu amigo deitava com sua noiva...
A fazia dele e acariciava seu sexo
Com metal frio, que ela,
De olhos fechados,
Só veria mais tarde.

E veio a angústia
E veio o medo

O céu era desvirginado
O chão ardia em brasas
A mulher, sentada em casa
As pilastras caiam em Dó grave
O sangue escorria do peito
A mulher, sentada em casa

2 comments:

Anonymous said...

Hassan! o/
então, eu comecei a ler e fui tentando ver se descobria a pessoa que vc se baseou pra fazer o poema...
pensei em uma, mas quando foi chegando pro final, achei que não era mais essa pessoa =S

mas agora eu estou curiosa e vc vai ter que me dizer depois sobre quem é!

mas enfim,
parabéns pelo poema!
você realmente está ficando cada dia melhor nisso de escrever.
a evolução é monstruosa dos primeiros poemas para os últimos.
fico muito orgulhosa de você, meu amigo =)

um beijo grande.
manuela

Anonymous said...

nossa eu adoreeei! ficou realmente muito bom!

parabéns ;)

Lidy